Tecnologia pró independência e segurança para idosos que vivem só

Já ouviu falar em cordões ou pulseiras que acionam uma central de socorro? É um serviço oferecido pensando basicamente no público com mais idade e que mora sozinho. Uma vez acionado o botão, uma atendente responde em menos de um minuto, para saber qual o problema. Se o cliente não falar nada, a empresa contacta imediatamente os familiares relacionados no cadastro e se dirige ao local, com ambulância, médico e enfermeiros.

Conversamos com Marisa, filha do associado e conselheiro deliberativo suplente da ASPAS, Iwanoy Cavalcanti, que gentilmente nos deu detalhes do funcionamento do sistema.

Como funciona o sistema?

O cliente tem um cordão ou uma pulseira, no caso do papai é um cordão, que ele fica com ele direto, pode tomar banho, dormir, etc. Se ele se sentir mal, aperta o botão, que está diretamente ligado à central da operadora. A atendende então retorna a chamada em menos de um minuto, chamando bem alto pelo aparelho que é instalado na casa dele, uma espécie de interfone. Se ele não responder, ela imediatamente aciona os membros da família que tem cadastrado, no caso eu, que moro pertinho, minha irmã também e quantos mais estiverem na lista. Se ele responder, a atendente também aciona os familiares, já informando qual o problema.

Dependendo do que foi contratado, a ajuda pode parar por aí, foi assim que papai começou, mas existe também um plano, mais completo, que é o que ele tem agora, que inclui o atendimento com ambulância, médico e dois enfermeiros enquanto a família é avisada e providencia uma internação, se for o caso.

A diferença de preço é grande?
Olha, no plano atual papai paga R$ 190 por mês, o mais básico acho que custa uns R$ 50 a menos.

Há delimitação de área para o funcionamento do aparelho?


Sim, são 100m2. Pega até a portaria do prédio, mais ou menos. Na rua, papai usa um cartão vermelho dentro da carteira, que tem o telefone e o site da empresa, escrito bem grande, 'Emergência'.

E vocês já usaram o sistema?
Já, papai usou duas vezes. Uma vez ele estava sentindo uma dor no peito, eu cheguei aqui avisada pela Telehelp (empresa prestadora do serviço) umas 11 horas da noite, e eles chegaram em seguida com todos os equipamentos, inclusive fizeram um eletro nele em casa, deram uma injeção, ficaram aqui conosco dando toda a assistência por umas três horas. Depois levaram para o hospital, que neste meio tempo eu estava contactando. A outra vez foi um indisposição estomacal.

Como você se sente sabendo que seu pai conta com esse sistema?
Dá uma tranquilidade muito grande. Eu durmo sossegada. Papai tem um auxílio eficiente 24 horas por dia que representa mais segurança para ele e para a família e possibilita que ele continue morando sozinho aos quase 97 anos de idade. Tem uma moça que ajuda e dorme no serviço, mas fora isso ele tem toda a independência preservada. Semana passada ele foi ao aniversário da ASPAS e ontem (8 de novembro) mesmo ele foi ver a Claudia Raia. Está muito ativo. É uma dádiva chegar a essa idade totalmente lúcido, bem, fazendo pilates, se divertindo.