Entrevista com Augusto Fernando Brandão, um dos aniversariantes de novembro

Associado e Conselheiro Deliberativo da ASPAS, Augusto Fernando Brandão, embora aposentado em 1996, como Gerente de Divisão, retornou ao SERPRO em 2012, em decorrência de ação judicial, tendo se desligado em definitivo em 2013. O aniversariante, que já trabalhou na Sede Rio e Brasília e na regional Brasília, nos brindou com uma entrevista onde tece, entre outros tópicos, interessantes considerações sobre o plano de aposentadoria complementar e a atuação da ASPAS.

Que opções você vislumbra para terceira idade atualmente, nas diversas áreas ?
No plano profissional, mesmo para quem tem uma boa bagagem de conhecimento. a inovação é um grande desafio que nem sempre dá para acompanhar, devido às naturais limitações da idade e visão de futuro que, com o tempo, levam o idoso a atividades secundárias ou rotineiras. Quanto as demais áreas, sempre existe uma oportunidade e o importante é que acredite que ainda está vivo e que não haja acomodação pois sempre haverá algo em que possa se encaixar.

O que você gostaria que fosse considerado/tratado/incluído como política pública para a terceira idade?
Em primeiro lugar a saúde publica pois, para quem não tem um plano de saúde particular o atendimento público é simplesmente degradante e humilhante, não só para os idosos mas para todos cidadãos. Outra ação consistiria na ampliação da gratuidade e descontos para os idosos visando o lazer, cultura e esportes. Finalmente seria o fim do odioso achatamento das aposentadorias e descontos do imposto de renda, bem como introduzir a dedução de despesas com medicamentos ou a eliminação dos impostos incidentes.

Gostaria de dar alguma sugestão para se levar a vida com mais qualidade?
Acho que o essencial para se levar uma vida com mais qualidade é não pensar no passado, mas sim viver o presente aproveitando o que de bom este ofereça e sonhar quanto ao futuro para que possa direcionar a vida. Carro e avião não têm farol para trás.

Está satisfeito com o fundo de pensão?
Muito embora ache que tenha sido uma boa aplicação, tenho grande preocupação com o futuro do SERPROS, tendo em vista os investimentos desastrosos feitos no PS1, bem como o direcionamento por vezes contrários a recomendações de entidades reguladoras e de consulta e à ingerência política.


E com a atuação da Aspas? O que sugere para melhorar nossa atuação e a abrangência do atendimento?
Considerando que para aposentados filiados ao SERPROS, que não têm outros rendimentos, no mínimo 50% da renda provem desta fonte, torna-se que necessário que, apesar dos Conselhos, haja um acompanhamento constante dos participantes, não só para identificar problemas que possam comprometer a saúde da organização mas para auxiliar na orientação de gestão e propor ações de melhorias, papel este em que vejo a ASPAS.
Um ponto de fundamental importância e para o qual já existe ação é o fortalecimento do quadro de associados com novas adesões, não só para dar maior capilaridade e legitimidade de suas ações mas também para contar com novos colaboradores.
Muito embora já venha sendo feito, a ASPAS como associação pode ampliar a prestação de serviços para o que sugiro consulta aos associados para identificar suas necessidades.